A modelo internacional
Camila Travaglini é a nova madrinha da União Internacional Protetora dos
Animais. Fundada em 1895, a UIPA está há 120 anos lutando pela causa animal em
São Paulo. Ela, que adora gatinhos, aproveitou para adotar mais um através da
ONG, o Boris. “Eu tenho quatro gatos e agora mais um integrante chega para
completar a nossa família. É muito triste ver animais abandonados, sem um lar.
Precisamos unir forças para acabar com o abandono de cães e gatos. Eles, assim
como nós, precisam de amor e carinho”, comenta a modelo. Ela topou responder
algumas perguntas sobre a sua relação com os gatinhos para a Mundo Gato.
Confira!
Você adotou um gatinho
através da UIPA recentemente. Quantos gatinhos têm e como é sua rotina com
eles?
Contando com o Boris, são cinco gatinhos. Um dos meus
bebês morreu há uns dois meses. Uma amiga da minha mãe viu o Nicolau ser
atropelado na rua e o socorreu, mas ela tinha muitos gatos, sendo que dois,
inclusive, estavam com fiv, então ela não tinha condições de cuidar do Nicolau.
Eu fui ao hospital, assumi tudo e o adotei, mas, infelizmente, depois de um
mês, ele veio a falecer… Acredito que não superei isso ainda. Quatro deles
ficam na minha casa em Osasco, eles cresceram acostumados com espaço. Não tenho
coragem de tirar eles de lá para colocar no apartamento em que vivo agora em
São Paulo. O Boris ainda não pode se juntar a eles, pois quando o resgatei ele
estava com conjuntivite e sarna no ouvido, tenho que tratá-lo primeiro para não
passar para os outros. Eu me revezo, porque sinto muita saudades deles.
Normalmente, passo uns três dias na minha casa em Osasco com eles e depois
volto para São Paulo. E, quando não estou lá ou não consigo ir, minha mãe e
minha irmã me mandam vídeos e fotos deles quase que o dia todo. Até no facetime
eu vejo eles (risos).
Sempre teve gatos?
Qual foi o primeiro?
Não, eu sempre tive cachorros. Apesar de amar muito todos, minha
família preferia cachorros. Mas hoje isso mudou, a minha família brinca que vai
pedir a guarda compartilhada dos gatinhos (risos). Meu primeiro gato, na
verdade, foi a Biscoita - a mãe dos meus dois primeiros gatos. Ela apareceu no
quintal, na época o Bob, meu cachorro, estava muito velhinho, e nós percebemos
que ela cuidava dele. Naquela época, achávamos que era um gato, e fomos
deixando ficar, colocando água e comida… até que um dia ela deu cria e
descobrimos que era gata (risos). Assim, nasceram o Gino e o Leley - os dois
primeiros da família.
Depois veio a Celine, que eu resgatei no Rio. Ela tinha quatro
meses e não pesava nem 1kg. Estava infestada de fungo. Todo mundo dizia que eu
estava louca de resgatar, que ela não ia aguentar. Não me deixaram embarcar no
avião com ela, precisei comprar uma outra passagem, em outra companhia aérea,
que precisei praticamente implorar para a moça - acredito que ela também
gostava muito de gatos. No fim, tudo deu certo e ela está linda hoje, com 4
aninhos e uma bolota peluda e meiga.
Depois, chegou a Eva. Acredito que jogaram ela no meu quintal de
madrugada, pois achei ela de manhã escondida em um pequeno depósito que temos
no quintal de casa. Ela miava muito e fui me guiando pelo som. Depois, adotei o
Nicolau, o gatinho do resgate do atropelamento, e agora o Boris.
Eles são tudo! São como filhos para mim. É um amor
incondicional.
Acha que ter um gato é
para qualquer pessoa? O que diria para quem pensa em adotar mas tem dúvidas?
Acredito que sim! É para qualquer pessoa que tenha muito amor a
oferecer, e que não tenha aqueles preconceitos bobos que as pessoas costumam
ter com gatos. Uma coisa eu garanto, gatos são viciantes e não tem como não
amar
O que seus gatinhos te
ensinam diariamente?
Eles me ensinam a pureza e a inocência. A alegria e a paciência
- e muito (risos).
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