Era uma vez um gatinho siamês que apareceu em uma
garagem e .... calma, já vamos contar a história toda! ;-) Antes, porém, só
queremos dizer que decidimos aproveitar este espaço para falar também de
alguns casos de amor; amor entre felinos e humanos que serve para tornar a vida
mais doce e, quem sabe, inspirar novas adoções! Afinal, todo mundo merece saber
porque é tão bom ter gatinhos em nosso dia a dia, não é mesmo? Especialmente
quem sempre teve vontade de adotar, mas tem dúvidas. Conheça agora, então, a
história do Shimi e da Bela, os amores da Pricila ;-)
“Nunca achei que seria dona de gatos! Tinha medo e receio deles, mas um belo dia, ao chegar
em casa, meu marido disse que havia um gato na garagem, que ele apareceu e que
não queria ir embora, que tentou espantar, mas que o gatinho não demonstrava
interesse em partir. Moro num condomínio de 11 casas e logo pensei: “Com tantas
casas ele inventou de escolher justo a minha?”.
Naquela noite torci que, ao acordar, o gato tivesse partido, mas no dia
seguinte o gatinho continuava lá....percebi que ele não iria
embora tão cedo e o jeito foi contatar uma amiga gateira. Ela
insistiu para que eu ficasse com o gato, mas estávamos decididos a não
adotá-lo. Assim ela o levou para um pet shop na esperança de alguém adotá-lo no
fim de semana.
Na manhã do sábado, quando o gatinho foi
embora, pensei que a nossa vida voltaria ao normal, só que, para a nossa
surpresa, a saudade foi aumentando e o desejo de ter o gatinho de volta cresceu. Não conseguimos dormir tranquilos pensando
no gato e na possibilidade de ficarmos sem ele. Na segunda-feira cedinho,
liguei para a minha amiga e confessei que estava com saudades e que
tínhamos nos arrependido. Ela forneceu o telefone do Pet Shop e ficamos
bastante apreensivos em saber se o gatinho ainda estaria disponível para
adoção. Expliquei ao dono do estabelecimento e disse que pagaria todas as
despesas da permanência dele no local, mas queria a qualquer custo o gatinho de volta. As horas demoraram a passar naquele dia, meu coração
estava apertado. Combinamos de nos encontrar na loja da Cobasi e minha amiga
levou meu bem mais precioso que se chama Shimi, um lindo gato siamês, ou
melhor um lindo gato cão, sim, meu gato tem jeito de cachorro.
Diariamente, ele pede para passear, coloco a coleira nele e o
Shimi faz a sua ronda no condomínio. Os moradores estranharam no início esse
comportamento do Shimi. Gato na coleira não é uma cena muito comum entre os
bichanos...rs. Ele já está conosco há quase 5 anos...
Depois de Shimi, veio a Bela – Depois de 2 anos
com o Shimi, aconteceu a adoção da minha Bela, a gatinha manhosa da casa. Já
havíamos conversado sobre o assunto e já estava encerrada a possibilidade de
outra adoção. Mas como o destino nos reserva bela surpresas, um dia conheci uma
protetora de animais que fez um resgate de uma gatinha. Como ela já tinha
em sua residência mais de 40 cachorros, ela mantinha a gatinha no banheiro de
sua residência, fiquei comovida com a história e disse que queria adotá-la,
antes mesmo de conhecê-la, E assim adotei a Bela com 4 meses de
vida.
A Bela adorou a residência assim que
chegou, ficou muito feliz e se acostumou logo de início. Já o Shimi, que sempre
foi um gatinho muito calmo, dócil, virou uma fera assim que viu a gatinha
tomando posse dos seus brinquedos, da sua comida e da sua caixinha de
areia...ele ficou inconformado....não queria que tocasse nele, batia na gatinha
e fiquei muito assutada...achei que não daria certo. Atribuo à minha falta de
experiência, porque poderia ter feito a adaptação, mas achei que não fosse
necessário. Na noite em que a Bela chegou não consegui dormir, eu chorei muito
e achei que a única alternativa seria devolvê-la. Conversei com uma psicóloga
gateira e ela me acalmou dizendo que é muito difícil os felinos não
aceitarem um ao outro. Falou que seria
muito importante eu manter a calma, trocar a minha energia e passar tranquilidade
para os gatinhos, não brigando com o Shimi e deixando a Bela se defender
sozinha porque eles iriam se entender. Também me recomendou o Feromônio
"difusor" para deixar o ambiente propício para os dois. Após uma
semana, eles se aceitaram, inclusive passaram a dormir juntos, tornando-se
amigos e hoje percebo que foi a melhor escolha e que a Bela é a companhia
perfeita para o Shimi.
E tudo mudou.. para melhor - Com o Shimi, a rotina mudou. Hoje tenho preocupação
em chegar em casa cedo porque entendo que eles precisam de atenção e carinho,
as viagens de férias são programadas para durarem no máximo 10 dias, e minha
mãe tem que cumprir o papel de mãe na minha ausência, com direito a todas as
recomendações por escrito. Minha casa foi adaptada para recebê- los com muita
diversão, meus amigos brincam e falam que a minha casa é a Disney dos
gatos...rs. Fui me especializar na leitura sobre os felinos para entender
o universo deles e descobrir suas preferências. Aprendi a ser mais tolerante e
atenciosa e desenvolvi meu lado maternal.
Quando chego em casa, eles me esperam na
porta, querem atenção e sei que sou importante para eles. Quando estou triste,
eles percebem e ficam me olhando, como se falassem “Conte com a gente mamãe”, e
o Shimi não gosta que eu fique no celular, ele sinaliza quando extrapolo o meu
tempo nos aplicativos.
Posso dizer que eles
são minha riqueza, são meus filhos. Sou capaz de tudo por eles, não
consigo imaginar a minha vida sem o Shimi e a Bela. No começo da adoção eu
tinha medo que o Shimi estragasse meus móveis, hoje, isso virou secundário, tão
pequeno e banal, porque eles me ensinaram o que é o amor incondicional. Eu
recomendo aos que desejam conhecer o verdadeiro amor, que adotem um animal e
veja como eles são capazes de transformar nossas vidas, impossível não amá-los”.
*Depoimento de Priscila Benotti Varela para a Mundo
Gato.
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