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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Gatos não pegam febre amarela, mas são afetados pelo Aedes aegypti



Com o aumento dos casos de febre amarela no Brasil, muita gente ainda tem dúvida em relação aos bichos de estimação. Saiba, portanto, que humanos e macacos são os únicos que contraem o vírus da doença transmitida por mosquito. Mas o mesmo inseto que propaga a febre amarela entre os humanos no ciclo urbano pode transmitir outra doença para os pets, a dirofilariose, conhecida como a doença do “verme do coração”.
                                                                            
Fique atento para manter o seu gatinho protegido! - No ciclo silvestre da febre amarela, são os mosquitos Haemagogus ou Sabethes transmitem o vírus para macacos e humanos não vacinados. Em área urbana, se um mosquito como o Aedes aegypti picar uma pessoa infectada, ele vira vetor e pode espalhar a doença. No caso, dos pets, esse tipo de inseto é vetor da dirofilariose.

O que os tutores podem fazer para evitar a propagação da febre amarela, além de tomarem a vacina, é cuidar da higiene nos locais onde os pets ficam e não deixar acumular água parada por muito tempo nos bebedouros, para evitar a proliferação de mosquitos.

O que é a dirofilariose - O parasita transmitido pela picada do mosquito se aloja no coração de gatos e cães, provocando lesões e até insuficiência cardíaca. A incidência é maior em regiões litorâneas, mas também há casos na capital paulista. “Por isso, a prevenção é fundamental e deve ser feita com uma dose anual da vacina contra o parasita Dirofilaria immitis ou com aplicação mensal de vermífugo”, alerta a veterinária Karina Mussolino, gerente técnica de clinicas da Petz.

Além do Aedes aegypti, a doença pode ser transmitida pela picada dos mosquitos Culex e Anopheles infectados. Apatia, tosse, falta de ar, perda de peso, cansaço e dificuldade para se exercitar são alguns dos sinais da efermidade, que vem se espalhando de forma silenciosa. “Pode ser detectada com um simples teste de sangue e, caso seja diagnosticada cedo, as chances de recuperação são maiores”, orienta a Dra. Karina.
                                                                 
Como tratar -  Quando instalada, a dirofilariose reduz expectativa de vida, pode deixar sequelas graves e até matar por insuficiência cardíaca súbita. O tratamento é voltado para acabar com as microfilárias (vermes jovens), evitando que novos parasitas cheguem à fase adulta e, com isso, se reproduzam e ocupem mais espaço no coração e nos vasos sanguíneos no pet.  O tipo de medicamento, o período e a dosagem devem ser determinados pelo veterinário, pois podem variar pelo número de vermes, a duração da infecção e a resposta do organismo do pet.


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