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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Transfusão de sangue: você sabe como um pet pode se tornar doador?



A baixa de estoque de bolsas de sangue para atender pacientes que precisam de transfusão não é algo recorrente somente nos hemocentros humanos. O mesmo cenário ocorre com cães e gatos que precisam de transfusão em clínicas e hospitais veterinários. A difusão de informações e a sensibilização de tutores sobre o procedimento é essencial.
Em São Paulo, estima-se que sejam usadas cerca de 20 mil bolsas por mês nos hospitais veterinários. O Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, portanto, é uma data importante também para a saúde animal e uma oportunidade de incentivar a doação voluntária também pelos pets.
“Situações comuns como atropelamentos, intoxicações e cirurgias podem levar à necessidade de uma bolsa de sangue para salvar o animal e garantir uma recuperação eficaz. Enfrentamos diariamente a falta de sangue de cães e gatos para transfusão”, conta o médico-veterinário Thomas Faria Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) e diretor clínico do Hospital Veterinário Jardins.
Manter esses bancos com o estoque regularizado é tão importante quanto nos hemocentros humanos. “Ampliar o cadastro de doadores voluntários possibilita que tenhamos atendimentos mais ágeis para a transfusão de sangue, aumentando as chances de salvarmos um maior número de vidas em nossas clínicas e hospitais veterinários”, afirma Marzano.
O profissional lembra que existem bancos de sangue veterinários particulares e universitários que recebem o cadastro de doadores durante todo o ano. “Entretanto, nem todo pet pode se tornar um doador e essa avaliação será feita de forma criteriosa. É fundamental ampliarmos a conscientização, para que cada vez mais animais sejam cadastrados”, explica.
Saúde em dia para o pet voluntário
Tutores de cães e gatos que se sensibilizam com a causa devem procurar um banco de sangue especializado. Para estarem aptos a doar, animais de companhia precisam atender a alguns critérios específicos, de forma a garantir que o processo de coleta ocorra da forma mais saudável possível.
O animal deve ser dócil e nunca ter realizado uma transfusão de sangue. Gatos, por exemplo, precisam ter, no mínimo, seis quilos e o limite de coleta por animal é de 16 ml. Já os cães precisam ter mais de 30 quilos para a coleta máxima de 500 ml de sangue. “É interessante observar também que os animais precisam estar vacinados, vermifugados, ter entre dois e oito anos e, no caso das fêmeas, não podem estar no cio ou prenhas”, elucida o profissional.
Assim como na doação de sangue humano, para estar apto a doar, o animal passa por uma avaliação criteriosa. O presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, Thomas Marzano, detalha o check up completo da saúde do animal. No caso dos cães, são necessários os seguintes exames:
  • Hemograma completo
  • Leishmaniose
  • Dirofilariose (infecção parasitária)
  • Ehrlichia (infecção bacteriana)
  • Doença de Lyme (transmitida por carrapatos)
  • Brucelose (também conhecida como Febre de Malta ou Febre de Gibraltar, transmitida por bactérias)
  • Exames de função renal e hepática
Já para os gatos, uma das vantagens de se tornar doador é conseguir de forma gratuita os resultados de exames como:
  • Hemograma completo
  • Função renal
  • Sorologia para FIV (imunodeficiência viral felina)
  • Sorologia para FELV (Leucemia viral felina)
  • PCR Micoplasmose (doença que pode levar a anemia intensa)
  • Tipagem sanguínea
“É por esse cuidado que reforçamos a ideia de que, além de salvar vidas, ter um pet doador também é garantia de um olhar cuidadoso e aproximado da saúde do seu animal”, explica o médico-veterinário.
Os bancos de sangue veterinários devem ser registrados no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado em que atuam e contar com um médico-veterinário responsável técnico averbado junto ao órgão, profissional que irá garantir uma coleta sem riscos. “O ideal é que o tutor procure um banco de sangue de confiança para o cadastro, os exames e a coleta. Essa é a melhor forma de garantir um procedimento seguro, lembrando que o animal pode doar a cada dois meses”, ressalta Marzano.
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Fogos de artifício: confira fatores de medo para os animais domésticos e saiba como evitá-los




Com a proximidade das festas de fim de ano, os donos de animais de estimação ficam apreensivos com o estresse causado pelos fogos de artifício. O forte barulho é um grande causador de problemas para os animais.

“Nos cães, a principal característica que notamos se dá pelo fato de que eles tendem a procurar o tutor constantemente, com o intuito de se proteger e minimizar o estresse repentino ocasionado. Os gatos comumente somem de vista, desaparecem por um intervalo procurando abrigo seguro”, explica Leandro Romano, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera de Campo Limpo.

O médico veterinário cita os cinco fatores de medo relacionados a fogos de artifício para os animais de estimação e dá dicas de como ajudar os melhores amigos:

1.Sons de Fogos de Artifícios são muito altos para o ouvido deles
Os cães e gatos possuem uma capacidade auditiva diferente do ser humano. É sabido que o ouvido canino e felino é capaz de perceber sons com frequência entre 10 Hz e 40.000 H, já o homem percebe sons na faixa de 10 Hz a 20.000 Hz. “O ideal é mantê-los dentro de casa longe do barulho, idealmente em uma sala onde você pode ligar a música ou o ruído para abafar os sons surpreendentes”, orienta o veterinário.

2. Fogos de artifício vem sem aviso
Alguns eventos que assustam vêm com avisos, como por exemplo chuvas e trovoadas ou uma visita ao Veterinário. Mas fogos de artifício interrompem uma noite agradável com estalos altos e aleatórios - e o pior, sem aviso prévio. “Do ponto de vista de um cachorro isso é extremamente estressante e desconfortável. Para evitar transtornos é recomendado preparar o cão, treinando, expondo-o aos sons de fogos de artifício gravados. Este treinamento, em geral, ajuda a manter a calma”, recomenda Leandro.

3. Os fogos de artifício apresentam uma ameaça
Como fogos de artifício são barulhentos e inesperados, muitos animais os percebem como uma ameaça real, o que desencadeia sua resposta de fuga, diretamente relacionado aos fatores de medo. Cães e gatos se sentem ameaçados, fica acuados e em algumas situações podem tornarem-se agressivos. “Uma presença calma e reconfortante pode fazer toda a diferença para os nossos animais. Fique perto (sem superproteger) e certifique-se de que está relaxado, uma vez que ficar estressado ou ansioso não vai ajudar nossos animais, visto que fogos de artifício não são uma ameaça real para eles de qualquer maneira”, diz o veterinário.

4. O cão sente-se preso
Atualmente muitos animais de estimação são criados como filhos, sendo esta uma característica cada vez mais marcante nos grandes centros. “Este fato se dá pela verticalização das cidades e o alto custo de vida que faz com que os cães e gatos passem a ficar mais tempo dentro de nossa residência (apartamento) o que gera, mais uma vez, um sentimento de superproteção. “Fogos de artifício acionam a resposta de luta e fuga em nossos animais, mas ele não consegue escapar da ameaça, sendo assim, seu medo e ansiedade continuarão - pelo menos enquanto os fogos continuarem. A melhor solução é remover o seu bichinho da situação antes do tempo. Se você tem amigos ou familiares que moram em áreas mais calmas, onde fogos de artifício são raros, ou em hotéis especializados para animais de estimação, deixe-o lá”, explica Leandro. 


Ele dá sete dicas de como lidar melhor durante esse período:

1.    Prepare o seu animal para lidar com o ruído
2.    Prepare um cantinho para eles se esconderem
3.    Mantenha as janelas fechadas
4.    Mantenha a calma
5.    Fique perto do seu animal caso ele permita
6.    Evite deixa-lo sozinho
7.    Consulte um veterinário

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Como eliminar pulgas e carrapatos de casa?

Quem tem cachorro ou gato em casa com certeza já ouviu falar sobre a importância de manter os pets longe de pulgas e carrapatos. Mesmo aqueles que moram em locais de pouca incidência desses parasitas, como apartamentos, devem tomar alguns cuidados, já que o animal pode adquiri-los em um simples passeio na rua. Além de causar reação alérgica nos peludos, pulgas e carrapatos ainda podem trazer danos à saúde do animal e da família.

O controle dos parasitas costuma ser difícil devido ao seu ciclo de vida. A pulga, por exemplo, tem quatro estágios de desenvolvimento - ovo, larva, pupa e adulta -, sendo que apenas no último deles ela se instala no animal, o que costuma representar 5% dos parasitas presentes no ambiente. Nos outros estágios, as pulgas permanecem no local ao redor do pet, como casinha, tapetes e móveis da casa, tornando muitas vezes ineficazes tratamentos tópicos de curta duração.

Segundo Daniela Baccarin, médica veterinária e gerente de produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal, é importante que o controle dos parasitas seja feito de forma integrada com o ambiente, já que as pulgas adultas, por exemplo, conseguem botar cerca de 20 a 50 ovos por dia no local. “Por mais limpa que seja a casa ou o espaço em que o cachorro ou gato esteja acostumado a ficar, há grandes chances de haver ovos e larvas de pulgas e carrapatos, mesmo que eles tenham sido exterminados do animal. Isso faz com que em poucos dias o pet volte a sofrer com o problema”, afirma a especialista.

Por isso, o tratamento preventivo contínuo é a melhor alternativa. Quando o animal está protegido contra os parasitas – seja por medicamentos de longa duração ou coleiras -, as chances de trazê-los no corpo para dentro de casa ou pegá-los novamente é quase nula. “Para que seu animal se mantenha protegido, o ideal é incluir nos cuidados com a saúde do pet produtos de longa duração – alguns chegam a ter eficácia de três meses -, que evitem que as pulgas e carrapatos se desenvolvam no ambiente. Quando não conseguem se alimentar do animal, elas acabam morrendo com o tempo”, ressalta Daniela.

Prejuízos à saúde

Além da intensa coceira causada pela presença desses parasitas, pulgas e carrapatos também podem trazer danos à saúde do seu pet. Quando em grande quantidade, eles extraem muito sangue do animal, o que pode resultar em anemia. Além disso, os carrapatos podem transmitir uma série de doenças, como a Babesiose, Erliquiose, Febre Maculosa e Doença de Lyme, que também podem afetar humanos.

“Muitas pessoas imaginam que esses vetores são inofensivos, que só causam coceira e nada mais. Mas a verdade é que, devido ao seu longo ciclo de vida, podem permanecer no ambiente e causar prejuízos ao animal com o tempo”, reforça Daniela, que complementa “administrar medicamentos no pet somente quando ele é afetado por esses parasitas coloca em risco à saúde do animal e da família. Fique atento à administração periódica de produtos que preventivos”, finaliza.

Algumas medidas podem ajudar a identificar e eliminar pulgas e carrapatos do seu pet. Confira:

·         Fique atento caso o pet comece a se coçar com frequência. Orelhas, pescoço, patas e topo da cabeça são os locais preferidos para o alojamento de parasitas;

·         Ao identificar pulgas ou carrapatos, use produtos específicos para eliminação dos ovos e larvas no ambiente. Atenção aos locais onde o pet fica mais presente e ambientes com superfícies quentes, como tapetes e estofados;

·         Se for retirar manualmente algum carrapato do pet, use uma pinça e se certifique de o retirou por completo. Deixar pedaços do parasita no pet pode causar infecções na região;

·         Não esqueça de levar o pet ao veterinário após identificar os parasitas. Somente o especialista poderá indicar os exames adequados para avaliar se houve danos à saúde do animal;

·         Caso ainda não faça a administração de nenhum produto preventivo contra pulgas e carrapatos, opte por algum de longa duração, que dificulta a proliferação de novos ciclos de pulgas e carrapatos.

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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

‘Golpe de calor’ pode provocar alterações neurológicas nos pets



Com a alta da temperatura, aumenta o risco de golpe de calor, também conhecido como
intermação ou insolação, nos bichinhos de estimação. As clínicas veterinárias da Petz 
costumamregistrar um crescimento de 30% nos casos. “O problema é grave, pode afetar 
vários órgãos, causar quadro de insuficiência renal, alterações neurológicas e até mesmo
levar à morte, caso não seja tratado a tempo. Por isso, a prevenção é fundamental”, alerta
a veterinária Karina Mussolino, gerente técnica de clínicas da Petz.

Os sintomas
A reação ocorre quando a temperatura corporal sobe bruscamente e o organismo é incapaz
de compensá-la. Ao ultrapassa os 42°C, geralmente surgem os sintomas. Cansaço fácil,
língua roxa (cianose), dificuldade para andar, andar cambaleante ou até mesmo parar de
andar são os primeiros sinais. O pet fica com a respiração muito ofegante e acelerada. 
Também pode cambalear, ter convulsões e, até mesmo, perder a consciência. Além de
vômitos e diarreia.

O que fazer
“É uma emergência médica que necessita de uma intervenção imediata, para diminuir a 
temperatura corporal, como um banho com água a 20°C ou aplicar gelo nas virilhas e
 axilas e, de imediato, levar ao pronto atendimento veterinário, onde serão feitas outras 
manobras emergenciais”, orienta a veterinária.

Os pets mais sensíveis e suscetíveis são os mais jovens e os mais velhos, que apresentam 
dificuldades em suportar temperaturas elevadas, bem como os obesos e braquicéfalos 
(de crânio achatado), que têm mais dificuldades respiratórias e em diminuir a temperatura 
corporal. Mas qualquer pet está sujeito a esta alteração e é necessário seguir as recomendações 
básicas. Veja quais são a seguir:

7 dicas para os pets enfrentarem o calor

1. Hidratação - Deixe a água sempre fresca e disponível para os pets. Durante os passeios, 
leve cantil ou use os bebedouros de parques e lojas mais vezes.
2. Passeios - Os melhores horários são antes das 10h e depois das 16h. De preferência, 
longe do asfalto quente, que pode causar queimaduras sérias nos coxins, as “almofadinhas” 
das patinhas dos pets. 
3. Borrifar água - Ao notar que o bichinho está ofegante, é importante levar a um local fresco,
 oferecer água, borrifar um pouco dela pelo corpo do cão.
4. Ar fresco - Nunca deixe os pets em locais trancados e abafados sem circulação de ar, 
como por exemplo fechados dentro do carro.
5. Exercícios - Evite caminhadas longas e exercícios intensos nos dias de muito calor.
6. No carro – Durante as viagens, deixe o ar-condicionado ligado ou as janelas abertas. 
Faça pausas para o pet tomar água, descansar e ficar na sombra.
7. Ao ar livre - Para os pets que ficam muito tempo sozinhos no quintal ou na varanda, 
é importante manter um local fresco, onde não bata sol, para que possam se proteger do calor.

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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Arranhar faz parte da natureza felina, mas como lidar com isso?



Sofás, cortinas, pé de mesas, portas e outros itens comuns nas casas costumam ser os preferidos dos gatos na hora de afiar suas garras. Por isso, esse comportamento, que é natural para os felinos, costuma ser uma das principais reclamações dos tutores nos consultórios veterinários.
Periodicamente, os felinos precisam da arranhadura para manutenção das unhas. Além disso, a arranhadura é feita com a intenção de brincar e para deixar sinais característicos ao longo da residência. "Os gatos utilizam a arranhadura em seu território, pois quando eles arranham algum objeto, deixam um odor característico (odor interdigital felino) que, quando associadas às marcas visuais, atuam como um sinal para os gatos. Por ser um comportamento instintivo, o ideal não é inibi-lo e sim direcioná-lo para um local apropriado, como o arranhador”, comenta a Médica-veterinária e Gerente de Produtos da Unidade de Pets da Ceva Saúde Animal, Priscila Brabec.
Para direcionar o comportamento do animal para os objetos adequados é importante que os tutores coloquem o arranhador e demais brinquedos do felino no ambiente onde o animal passa mais tempo, ou próximo aos móveis que ele costuma arranhar. “Dessa forma, o gato terá sua atenção condicionada para os itens adequados”, afirma Priscila.
Também existem odores artificiais no mercado que ajudam a redirecionar o gatinho para o objeto adequado para arranhadura. A Ceva Saúde Animal, por exemplo, tem o Feliscratch, um análogo sintético do odor interdigital felino, que deve ser aplicado diretamente no arranhador em linhas verticais. O protocolo inicial é de uma pipeta por dia, por sete dias consecutivos, seguido por uma pipeta na terceira e quarta semana.
“A arranhadura é um comportamento natural. Porém, situações estressantes como mudança de ambiente ou conflito entre animais podem tornar o comportamento excessivo, por isso, é sempre importante consultar um médico veterinário”, finaliza Priscila.
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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Obesidade em gatos aumenta casos de diabetes



Os casos de diabetes mellitus em felinos vêm aumentando a cada ano. Por isso, é importante ficar alerta aos sinais, como o aumento da ingestão de água, da frequência urinária e do apetite, e visitar o veterinário regularmente. Com o diagnóstico precoce e tratamento rápido, aumentam as chances de reverter a doença nesses pets.

“O gato acima do peso pode parecer fofinho aos olhos do seu dono. Mas, quando se conhecem as consequências disso, podemos dizer que o excesso de fofura não é tão glamouroso quanto parece”, adverte a veterinária Camila Canno Garcia, especialista em endocrinologia da Petz. Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença é a obesidade, que atinge mais de 50% dos felinos, de acordo com estimativas.

Sabe-se que o diabetes nos gatos é muito semelhante ao diabetes tipo 2 em humanos, tendo como seu maior causador o excesso de peso. Isso porque ocorre uma modificação da insulina (hormônio importante para a regulação da glicose no sangue), levando o organismo a uma resistência aos efeitos dela e à hiperglicemia persistente. “Além disso, outros problemas podem surgir com o excesso de peso, como doenças articulares, aumento do colesterol, dificuldade respiratória e outros”, afirma a Dra. Camila.

Caso o gatinho já tenha sido diagnosticado com diabetes mellitus, o tratamento é baseado em aplicações de insulina diárias, atividades físicas e troca da quantidade e tipo de alimentação sob recomendação do veterinário.

“Devem ser realizadas visitas frequentes ao veterinário inicialmente para o ajuste de dose e perda de peso, até uma estabilização segura. Depois disso, visitas a cada 4 a 6 meses para monitoração”, orienta a veterinária. Caso a doença não seja tratada adequadamente, pode comprometer a qualidade de vida e levar a complicações, infecções e até à morte.

8 Estratégias para a prevenção

1 – Mantenha sempre  o peso adequado do gatinho.
2 - Reavalie o tipo e a quantidade de alimento com o veterinário.
3 - Evite o sedentarismo, estimulando brincadeiras e atividades físicas com brinquedos, arranhadores e prateleiras.
4 - Coloque potes de água e comida em lugares de difícil acesso pela casa para ajudá-lo a gastar mais energia.
5 – Utilize os petiscos com parcimônia e com a orientação do veterinário.
6 - Os check-ups semestrais são importantes para a prevenção e para o diagnóstico precoce.
7 - Exames de rotina, como de sangue e urina, devem ser realizados sempre que possível.
8 – Uma boa dose diária de carinho, escovar o gato e outras formas de afeto sempre ajudam na prevenção de doenças.


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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Crianças e pets: os benefícios são inúmeros, mas é preciso supervisão!



Em algum momento você já deve ter sido impactado por um vídeo fofo de uma criança interagindo com um pet. A relação entre os pequenos com os animais de estimação é comprovada por vários estudos como benéfica para ambos os lados, desde que alguns cuidados sejam adotados. Segundo a veterinária e gerente de serviços técnicos Pet da MSD Saúde Animal, Tatiana Braganholo, é importante estabelecer limites – tanto para a criança, como para o bichinho – e atentar-se à prevenção de doenças no animal.

“As crianças, principalmente as menores, podem não entender muito bem a fragilidade e a necessidade de respeitar o espaço do pet. Por isso é importante ensinar a elas que o animal nem sempre está disposto a interagir”, aponta a veterinária. A veterinária ressalta ainda que dependendo do tempo de convivência (se for recente) e da personalidade do animal, o contato precisa ser supervisionado para evitar que o pet reaja negativamente a alguma ação.

Para as famílias que estão pensando em adquirir um animalzinho, vale lembrar que é preciso avaliar alguns fatores para evitar possíveis dores de cabeça no futuro: veja se a sua criança tem alergia a pelos - que assim como a saliva do animal, pode causar reações - e avalie o animal que melhor se adequaria à família. Sempre lembrando que o pet precisará de atenção – incluindo brincadeiras e passeios externos – e cuidados com seu bem-estar, que requerem a supervisão de um adulto. Por outro lado, destinar algumas tarefas relacionadas ao animal pode ajudar no senso de responsabilidade e organização da criança.

Cães tendem a ser mais agitados e brincalhões, e têm mais dificuldade de se adaptar à solidão. Portanto, são mais indicados para crianças enérgicas e que passam mais tempo em casa. Já os gatos são mais introspectivos e reservados, tendo menos problemas em ficar sozinhos. Crianças mais tranquilas têm mais facilidade para se adequar aos bichanos.

Amizade para toda a vida

Permitir à criança a convivência com um pet pode estimulá-la a desenvolver o amor e respeito pelos animais, que serão levados com ela ao longo de toda sua vida. Quando bem inserido na rotina da casa, o animal também pode ser um elo para as atividades em família.

“Os animais costumam estabelecer uma boa relação com as crianças. Acredito que esse contato ensina muito aos pequenos, já que com o pet aprendem a perceber os sentimentos do outro e a ter responsabilidade, principalmente quando são incluídos nos cuidados diários com o animal”, destaca Tatiana, que finaliza “com responsabilidade, todos saem ganhando com essa relação”.

Saúde em dia

Como é crescente o número de brasileiros que consideram o pet um membro de suas famílias - segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente no Brasil, há cerca de 132 milhões de pets -, vem crescendo também os cuidados preventivos com a saúde desses animais, evitando assim a transmissão de doenças a todos, principalmente as crianças.

“Sabemos que, tanto os gatos como os cachorros, vêm passando mais tempo dentro de casa, muitas vezes dormindo com os seus tutores. Portanto, para manter a saúde de todos é preciso tomar alguns cuidados. A higiene dos animais é essencial, bem como a vermifugação e a prevenção de parasitas externos, pulgas e carrapatos”, afirma Tatiana, que complementa “é preciso oferecer a esses animais soluções preventivas de longo prazo, diminuindo assim as chances do ciclo da pulga e do carrapato se reiniciar e infestar a casa e seus moradores”.

Pode parecer exagero, mas as pulgas e carrapatos quando dentro de casa podem transmitir diversas doenças para os humanos, como Doença de Lyme, Babesiose, Febre maculosa, entre outras. A prevenção é fundamental, e deve ser feita nos pets desde filhotes.

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