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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

#Somos todos Paçoca: a história de um gatinho muito especial e seus irmãos

Paçoca e seus irmãos

Aqui no blog da Mundo Gato a gente adora contar histórias de gatinhos e seus humanos, especialmente quando estas histórias enchem o coração de esperança e de amor. Desta vez pedimos para a Simone Gatto nos contar um pouco sobre o Paçoca e seus irmãos, bichinhos que alegram a vida dela e que ela cuida com todo carinho. O Paçoca é um gatinho deficiente que dá nome a uma campanha que a Simone está liderando para a liberação de transporte público para os animais de estimação. Confira!

“Desde quando comecei a me entender por gente eu tive gatos. Com uns 9 anos de idade, já trazia gatos para casa... e eram sempre pretos. Minha mãe dizia que eu cuidaria deles só até alguém adotá-los, mas acabávamos ficando com eles. Hoje tenho cinco.

Thor, gatinho com lábio leporino (foto de Ademir Fheliz)
Jaque, de 8 anos, foi a primeira, adotada em um gatil quando tinha 2 meses. Na sequência veio o Paçoca, adotado aos 2 meses no Hospital Público do Tatuapé, após ser abandonado pelo antigo dono depois de ter sido atropelado e ficar paraplégico. Hoje ele tem 1 ano e 11 meses. Aí veio a Nega, que atualmente está com cerca de 1 ano e 4 meses, adotada ainda bebê de uma amiga para fazer companhia para o Paçoca.

Depois veio o Thor, que adotei com 3 meses pesando menos de 100 gramas, com lábios leporinos, caolhinho e com uma só narina. Ele foi adotado de uma amiga que cuida de animais deficientes e está para completar 1 ano. Por fim, chegou o Banguela, que ganhou esse nome por conta do personagem do filme 'Como treinar seu dragão'. Ele havia sido resgatado após um atropelamento. Ficou paraplégico e quem o resgatou não deu conta de cuidar dele e me pediu para ajudar a arranjar um novo tutor. Mas acabei assumindo o pretinho, que está com aproximadamente sete meses.

E além dos gatos, tenho a cadelinha pinscher Aquerri, que encontrei perdida na rua. Procuramos o dono e até o encontramos, mas ele não a quis mais... Tinha cerca de 1 ano e está atualmente com 9 anos.

Animaizinhos deficientes, mas cheios de amor – A história relacionada aos cuidados de animais deficientes começou há um tempo atrás, quando eu tinha uma gata que deu cria e teve um gatinho deficiente. Eu teria ficado com ele, mas ele morreu. Acho que, no fundo, depois que tive que cuidar de minha cadelinha Barbie, que teve câncer, pensei que deveria ajudar a quem mais precisasse e descobri uma capacidade enorme em mim. Esses animaizinhos despertaram em nossa família sentimentos que antes não tínhamos ou estavam escondidos. Meu marido, que nunca gostou muito de gatos, é completamente apaixonado por esses bichanos. Sempre tive gatos e cachorros - quando nos conhecemos eu tinha vários animais e continuei tendo. Eu só não curtia ter animais dentro de casa (minha mãe nunca deixou), mas hoje os 'especiais' - Paçoca, Thor e Banguela - ficam dentro de casa.

Simone, Paçoca e Thor (foto de Ademir Fheliz)
Quando adotei o Paçoca, tive muito trabalho, pois ninguém te diz como vai ser, e nem os veterinários sabem direito como fazer. Hoje eu dou aula, pois tudo que sei aprendi sozinha. Eu e paçoca na verdade, já que ele foi me mostrando os caminhos. Criei um grupo chamado 'Dicas pra animais deficientes'. Nele, ensino passo-a-passo como cuidar de animais paraplégicos, dou dicas de roupas pra segurar as fraldas, ensino como ajudá-los a fazer suas necessidades, e peço que as pessoas compartilhem suas experiências. Mostro ao mundo que não é um bicho de sete cabeças adotar ou ficar com um animal deficiente. Temos, ainda, a página 'Somos todos Paçoca', referente à campanha.

Paçoca em sua cadeirinha (foto de Ademir Fheliz)
Pela liberação de transporte público para os animais  - O que me motivou primeiramente a criar a campanha #SomostodosPaçoca (que pede a criação de leis que liberem o transporte público para os animais de estimação) foi a necessidade pessoal por conta da minha cadelinha Barbie, mas diante de todo sofrimento de milhares de animais, resolvi agir em prol de todos.

Minhas expectativas, porém, não são muito animadoras, pois, apesar de ter muitas pessoas dedicadas e envolvidas, penso que a maioria prefere assistir a tudo do conforto de suas casas. A forma adequada de conseguir alcançar objetivos nesse âmbito seria compartilhar a página do Paçoca e assinar todos os abaixo-assinados que se refiram à melhoria de vida dos animais. Acredito que a página do Paçoca pode vir a se tornar um marco quando se trata de falar das injustiças feitas aos nossos animais”.

*Por Simone Gatto, tutora do Paçoca, da Jaque, da Nega, do Thor, do Banguela e da Aquerri, e responsável pela campanha #SomostodosPaçoca, pela liberação de transporte público aos animais de estimação.

*Quer adotar um gatinho? Confira a nossa turminha que aguarda uma família em www.mundogato.org 


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